segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Il Vecchio E Il Bambino

Escutem e leiam a tradução dessa música linda - e italiana *O*


Tradução:

Um velho e um menino dão as mãos
e andam juntos ao encontro da noite;
a poeira vermelha se levantava distante
e o sol brilhava de luz irreal...


A imensa planície parecia chegar
até onde o olho de um homem podia olhar
e tudo em volta não tinha ninguém;
só o contorno das torres de fumaça...


Os dois andavam, o dia caía,
o velho falava e chorava baixinho:
com a alma ausente, com os olhos banhados,
seguia a recordação de mitos passados...


Os velhos sofreram as injúrias dos anos,
não sabem distinguir o verdadeiro dos sonhos,
os velhos não sabem, no pensamento deles,
distuinguir nos sonhos o falso do verdadeiro...


E o velho dizia, olhando longe:
"Imagine isso coberto de grão,
imagine as frutas e imagine as flores
e pense nas vozes e pense nas cores


E nessa planície, até onde se perde,
cresciam as árvores e tudo era verde,
caía a chuva, marcavam os sóis
o ritmo do homem e das estações..."


O menino parou, o olhar era triste,
e os olhos enxergavam coisas jamais vistas
e depois disse ao velho com a voz sonhadora:
"Eu adoro fábulas, me conte outras!"

E quem me mandou essa música, foi o @AndersonDick, que também é dono do Confessions of a normal boy


De dentro pra fora


Fiquei muito tempo sem escrever texto nenhum, porque aconteceram muitas coisas nesses últimos quinze dias. Vieram as provas de recuperações, e toda aquela preocupação de final de ano que todo o estudante tem. Em semanas de calmaria, como esta, escrevo para dizer que hoje o dia foi diferente. Ainda ontem eu deitei pra dormir e pensei: - Nada dá certo mesmo, droga". E hoje depois que cheguei do colégio pensei: - Porque mesmo eu deixei de fazer o meu melhor?. Resumindo, o que quero dizer é que nos últimos meses me tornei mais preguiçosa, e deixei um pouco de lado quem eu adorava ser. Tanta dor, amenizou e deu lugar a mais disposição. Então estão chegando as mudanças. Não é nada que mude meu jeito de ser, mas que o complete. E também não é nenhuma mudança na área sentimental. Agora eu quero tudo o que pode me deixar melhor, tudo que pode ser bom. Músicas novas, livros novos, filmes novos e ta chegando a hora de fazer meu tão esperado curso. Tudo faça eu me sentir bem e que a Luiza já não cause mais tantas preocupações. Quero ser motivo pra sorrisos e palavras bonitas. Quero mais alegria no lugar das lágrimas. Quero conseguir mostrar pra todo mundo que esta do meu lado, que vale à pena, e que a vida não é só tristeza e que um dia tudo se ajeita. Afinal, fazia muito tempo que eu não abria a gaveta de frutas da geladeira.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Feridas Invisíveis



Impressiono-me com a carga de vida que cada pessoa tem. Cada um carrega uma porção (ou duas) de feridas, cicatrizes e marcas, e o mais impressionante disso tudo é que ninguém desconfia de absolutamente nada. Quem poderá imaginar que aquele menino perdeu seu pai quando pequeno e chorou por noites a fio? Ou que aquela senhora de cabelos brancos perdeu seu único filho num acidente de carro e que nesse momento, seu coração foi arrancado por inteiro? Fico olhando pras pessoas ao meu redor, e também as que eu vejo na rua e não conheço, e imaginando qual seria o mundo maravilhoso que elas criam em sua mente, e em qual elas realmente vivem. Cada um carrega por dentro, em qualquer parte do corpo, cicatrizes as quais o tempo jamais vai apagar nem curar. São machucados que vivem expostos mas ninguém realmente vê. Tais cicatrizes incuráveis causam estrema dor, que por vez ou outra escapam pela boca, ou até pelos olhos. Acho bonito quando uma cicatriz ou outra me é transparecida. Mostra confiança. Algumas cicatrizes nunca serão compartilhadas, porque existem coisas que só precisam estar claras na nossa cabeça, ninguém mais precisa saber que elas estão ali. Algumas pessoas simplesmente sabem como amenizar essas dores, sem ao menos saberem que elas existem.
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