domingo, 10 de outubro de 2010

Sobre coração e razão


Hoje eu acordei cedo, e fiquei deitada olhando pro teto. Tentando decifrar o que tô sentindo. Descobri que uma parte enorme do meu corpo - a razão - me diz pra ir embora, deixar tudo isso pra trás, e não sentir nada por ninguém e nem me importar. Porém, essa é a parte que não sente absolutamente nada, e portanto a parte fria de mim. Só que, a outra parte contra diz a primeira, diz que eu devo ficar e fazer o melhor que puder enquanto ainda há tempo. Essa parte - o coração - apesar de tudo, ainda sente. 

E sente com uma intensidade impressionante.

Mesmo odiando o modo como ele dói, eu confesso que adoro meu coração.  Adoro o jeito como ele ama, e como tem esperanças de que um dia tudo se realize. Quando ele sofre, logo vem a razão como se fosse uma mãe, dizendo pra ele que avisou e que isso servisse de lição. Mas nunca adianta. Ao contrário da razão, o coração é teimoso e só se aquieta quando se sente realizado. Não posso congelar meu coração, nem desprezar a razão, e é isso que me deixa tonta. A possibilidade de sumir, contra o aperto e a preocupação que eu sei que vou sentir, travam uma guerra armada dentro de mim.  E enquanto as coisas só mudam pra pior, e eu tento fazer o melhor de mim, essa luta continua aqui dentro. 

Que vença o melhor.

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