segunda-feira, 31 de maio de 2010

Teatro e Amor

          Eu postei algumas coisas no meu twitter domingo de manhã, e gostaria que lessem para poder entender o que escreverei aqui. Lá, eu comparei o amor a uma peça de teatro, e gostaria de falar mais um pouco sobre meu ponto de vista. Segue, o que eu escreveria lá, se não fossem o limite de caracteres:
        
             Quando as cortinas se abrem, e o público foca o olhar no artista, sobe-lhe uma mistura de euforia e medo pelas veias, e nada diferente disso, é o amor. Tudo o que tem que ser dito, foi ensaiado horas a fio, com muita dedicação e louvor, pensando na grande hora, no começo do fim. O amor, por sua vez, exige um âmbito teatral que todos nós temos, por nascença, e colocamos em prática ao encontrar aquela pessoa.
          Suar frio, tremer, ter medo e ficar sem nada na mente, poderiam ser descrições do que um artista sente no palco, mas não deixa de ser também a perfeita descrição de uma pessoa apaixonada. O artista não pode errar, ele tem apenas uma chance de fazer o seu trabalho, de dar o seu melhor, de agradar, de fazer o público aplaudir de pé o espetáculo. Mas e quem ama? Tem direito de tudo isso? Pra mim, sim. Quem ama não pode se dar o direito de errar com a pessoa amada, não pode simplismente guardar o seu melhor pra si, e dar somente um pouco do que sente ela.
           Quem ama se entrega. Dá o seu melhor, e espera ganhar o melhor. Mas e se o trabalho do ator deixar à desejar? Isso pode acontecer, e nesses casos procuraremos outra peça, substituiremos o ator. Mas e no amor, podemos substituir?... não.  Querendo ou não  você não pode substituir na cabeça o que seu coração exige, grita e clama. Você não pode esquecer. Você não consegue esquecer, mesmo que queira. Você já experimentou ficar longe, se afastar, não falar? Dói demais. Pois quando você se afasta, e dói, começa a pensar em como seria se tudo acabasse. Doeria mais ainda. Mas você já esta com dor, consegue imaginar uma pior?
           O que eu quero dizer é que as vezes, nos sentimos tão bem quando estamos falando com a pessoa qual amamos, que acabamos esquecendo dos outros a nossa volta. O texto, lembra? A decoreba, a euforia, o medo, os tremores... tudo é esquecido, como se nunca tivesse existido. Peço desculpas se em algum momento te sentiste excluído da minha vida. Nunca esteve, nem estará.

         

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